Homem que esquartejou mulher guardou corpo em geladeira antes de abandonar parte em mala na Rodoviária de Porto Alegre

O publicitário Ricardo Jardim, 66 anos, que confessou ter esquartejado a namorada, Brasilia Costa, 65 anos, manteve parte do corpo da vítima em uma geladeira por cinco dias na pousada onde os dois moravam no Bairro São Geraldo, em Porto Alegre. A informação é do jornal Correio do Povo.

A Polícia Civil divulgou mais dados em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (16), em Porto Alegre. Conforme as investigações, o crime ocorreu entre os dias 8 e 9 de agosto. Nesse período, Jardim comprou luvas, uma lona e uma serra para cometer o crime. 

A vítima era manicure natural de Arroio Grande, no sul do Estatdo. Conhecida como Bia, ela mantinha relacionamento com Jardim havia seis meses.

Ainda conforme a polícia, a intenção do suspeito era manter o corpo até decidir como se desfaria dos restos mortais. Em 14 de agosto, ele comprou a mala usada para transportar o tronco da vítima, que foi deixado em 20 de agosto no guarda-volumes da Rodoviária de Porto Alegre. Outros membros foram abandonados em diferentes locais da Capital: braços e pernas em sacos de lixo, nas zonas Leste e Sul, inclusive às margens do Guaíba. A cabeça da vítima ainda não foi localizada, e a suspeita é de que tenha sido descartada junto ao lixo urbano.

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O delegado André Freitas, responsável pelo caso, afirmou que o crime teve motivação financeira. Mesmo foragido desde abril de 2023, Jardim era sustentado pela companheira, que realizava transferências bancárias para ele. Após a morte, o suspeito ainda teria feito saques com os cartões da mulher.

Jardim já havia sido condenado em 2018 a 28 anos de prisão por matar e concretar a própria mãe. Durante o cumprimento da pena, ele teria conhecido outro apenado condenado por esquartejamento, o que, segundo a investigação, pode ter influenciado a forma como cometeu o crime atual.

Preso preventivamente, o suspeito está recolhido na Penitenciária Estadual de Charqueadas 2. O caso continua sob investigação para localizar a cabeça da vítima e detalhar o destino final de todas as partes do corpo.